Jucetins registra a primeira Cooperativa Indígena do Tocantins criada de forma totalmente digital
Abertura da primeira cooperativa indígena do Tocantins foi registrada pela etnia Akwẽ-Xerente, de Tocantínia; o processo foi realizado de forma totalmente on-line pelo portal Simplifica Tocantins com o uso de assinatura digitalpor Philipe Ramos/Governo do Tocantins
A Junta Comercial do Estado do Tocantins (Jucetins) registrou, no início deste mês de março, a primeira cooperativa indígena tocantinense criada de forma totalmente digital. Os indígenas da etnia Akwẽ-Xerente, de Tocantínia (TO) são os responsáveis pela abertura da cooperativa Akwe_Xerente-Coopiax.
O presidente da cooperativa Ercivaldo Damsõkekwa Calixto Xerente, o primeiro-secretário Rafael Xerente e o primeiro-tesoureiro José Xerente estiveram na sede da Jucetins em Palmas, na última semana, para uma visita à presidente da autarquia, Thaís Coelho.
A formalização da Akwe_Xerente-Coopiax foi feita completamente pela internet, por meio do portal Simplifica Tocantins. Ao todo, são 21 cooperados e todos assinaram digitalmente o processo. “A assinatura digital possibilitou trabalhar de forma mais rápida e não presencial”, explica o presidente Ercivaldo Damsõkekwa Calixto Xerente.
Thaís Coelho afirma que as inovações tecnológicas implementadas pela Jucetins facilitam a criação de novas empresas, bem como de novas cooperativas, reduzindo o tempo e evitando deslocamentos.
“O povo Xerente, por exemplo, utilizou a assinatura avançada, que é gratuita e disponibilizada pelo Governo Federal. Essa novidade que a Jucetins trouxe contribuiu para que o processo deles fosse mais rápido com o mínimo de entraves possíveis. Temos certeza de que essa cooperativa será um sucesso e vai ajudá-los muito em suas atividades na área da agricultura e da pecuária”, ressalta a presidente Thaís Coelho.
Cooperativa
O presidente da Akwe_Xerente-Coopiax explicou que a cooperativa nasceu com o objetivo de facilitar a execução do projeto Etno Agricultura e Pecuária Sustentáveis em grande escala entre nós Akwe, que irá trabalhar com policultura em 10 mil hectares de áreas agricultáveis. De acordo com Ercivaldo, o projeto está pautado para 15 anos.
“É um marco histórico para todos nós indígenas, não só para o nosso povo, mas para o Estado. Pois somos os desbravadores no âmbito da cooperativa. Ela vai trazer muitos benefícios. Acreditamos que os demais povos do Tocantins podem ter como referência a nossa cooperativa”, comemora Ercivaldo.
A superintendente do Sistema da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB/Sescoop-TO), Maria José Andrade Leão de Oliveira, que também é uma das vogais da Jucetins, afirma que as cooperativas são um excelente modelo de negócio. “Uma das vantagens de constituir e pertencer a uma cooperativa é o ganho de escala tanto na aquisição quanto na venda de produtos e serviços. Por isso, a importância do grupo ter objetivos e necessidades comuns”, explica.
Edição: Philipe Ramos/Governo do Tocantins
Revisão Textual: Philipe Ramos